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Fevereiro Laranja: doação de medula óssea pode salvar vidas

O transplante alogenico de medula óssea, que é quando ocorre doação de células-tronco compatíveis por outro indivíduo, é a opção de tratamento mais eficiente na consolidação da remissão da leucemia. Para entender melhor, confira: Fevereiro Laranja: doação de medula óssea pode salvas vidas.

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A medula óssea é um tecido esponjoso presente no interior dos ossos, responsável pela produção de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Ela é essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico e da coagulação sanguínea. Na leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas, deteriora-se a medula óssea, resultando assim na produção descontrolada de células sanguíneas imaturas e anormais. Essas células leucêmicas podem se acumular na medula e impedir a produção normal de células sanguíneas saudáveis.

Porém, o transplante de medula óssea pode ser um tratamento eficaz para uma variedade de outras doenças, bem como leucemias, linfomas, anemias, imunodeficiências e outras doenças do sangue e do sistema imunológico. Além disso, o transplante também pode ser uma opção de tratamento para algumas doenças genéticas e metabólicas em crianças e adultos jovens.

O processo de doação de medula óssea

Importância da compatibilidade

A compatibilidade é um fator fundamental para o sucesso da doação. Como a medula óssea é responsável pela produção de células sanguíneas e do sistema imunológico, é importante que o doador e o receptor sejam compatíveis. Assim, evita-se suposta rejeição do transplante e outras complicações.

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Determina-se a compatibilidade através de conjunto de antígenos que encontram-se nas células da medula óssea. Esses antígenos são únicos para cada indivíduo e são herdados dos pais. Dessa forma, a probabilidade de um doador compatível ser um irmão ou parentes próximos, é maior pela probabilidade de ter antígenos semelhantes.

No entanto, a maioria dos pacientes que necessitam de transplante não tem parentes compatíveis, tornando necessária a busca por doadores voluntários em bancos de doadores.

Cadastro para ser voluntário 

O primeiro passo para se tornar um doador é se cadastrar em um hemocentro ou banco de sangue autorizado pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). O cadastro pode ser feito pessoalmente em uma das unidades cadastradas ou online, através do site do REDOME.

Após o cadastro, realiza-se a coleta de uma pequena amostra de sangue para análise do tipo HLA, que é um conjunto de antígenos encontrados nas células da medula óssea. Armazena-se esta amostra no REDOME para posterior busca e identificação de possíveis receptores.

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É importante manter os dados de contato atualizados no REDOME, para que o doador possa ser facilmente encontrado caso haja compatibilidade com um paciente necessitando de transplante.

Paciente compatível encontrado:

Quando se encontra um receptor de medula óssea em um doador voluntário, realiza-se uma avaliação médica para confirmar a compatibilidade. Assim, é verificado se o doador e o receptor têm tipos de tecido compatíveis, o que é feito por meio de testes de histocompatibilidade.

Os testes de histocompatibilidade incluem a tipagem HLA, que avalia as características genéticas do tecido e serve para determinar a compatibilidade entre o doador e o receptor. Além disso, realizam-se outros exames para avaliar a saúde do doador e garantir que ele esteja apto para a doação.

Antes do transplante, o doador é submetido a um processo de preparação para a doação. Isso geralmente envolve a estimulação da produção de células-tronco no sangue por meio de medicação, e então segue-se para a coleta das células-tronco do sangue ou da medula óssea.

Coleta e transplante 

Existem dois métodos principais de coleta: a aspiração de medula óssea da bacia e a coleta de células-tronco do sangue periférico.

Na aspiração de medula da bacia, anestesia-se o doador e então insere-se uma agulha na bacia para retirar uma pequena quantidade do material. Esse procedimento pode causar desconforto ou dor, mas é facilmente tolerado. A medula óssea coletada é então filtrada e processada para extrair as células-tronco, que são armazenadas e usadas no transplante.

Já na coleta de células-tronco do sangue periférico, o doador recebe medicação para estimular a produção de células-tronco no sangue. E então, através de uma processo denominado aférese, coletam-nas. Nesse processo, retira-se o sangue do doador por meio de uma veia em um braço e passa por uma máquina que separa as células-tronco do sangue. O sangue que resta, devolve-se ao doador pelo outro braço. A coleta de células-tronco do sangue periférico é geralmente mais fácil e menos invasiva do que a aspiração de medula óssea, mas a medicação usada pode causar alguns efeitos colaterais temporários.

Fevereiro Laranja

O Fevereiro Laranja é uma campanha de grande importância. Seu objetivo é aumentar a conscientização sobre as doenças do sangue e a importância da doação de medula óssea. 

Durante o mês, realizam-se atividades como palestras, eventos de arrecadação de fundos, iluminação de monumentos e edifícios com luzes laranjas, por todo o mundo. Com isso intenciona-se disseminar a mensagem de que ser um doador de medula óssea pode ser a chave para salvar a vida de alguém!

Jéssica Eduarda

Com um olhar perspicaz para identificar as histórias mais relevantes e interessantes, Jéssica está sempre um passo à frente, oferecendo aos seus leitores uma visão clara e concisa dos acontecimentos atuais.

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