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Quando o trabalho adoece: Síndrome de Burnout em foco

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Você já se sentiu esgotado, desmotivado e sem energia para realizar suas tarefas do dia a dia? Esses sentimentos podem ser um sinal da Síndrome de Burnout, um distúrbio psíquico que afeta cada vez mais pessoas no mundo todo. Se você nunca ouviu falar sobre esse assunto, continue lendo Quando o trabalho adoece: Síndrome Burnout em foco para descobrir como essa síndrome pode afetar a sua vida.

Traduzida do inglês, a palavra “burnout” pode significar algo que deixou de desempenhar suas funções por completo devido ao esgotamento de energia. Por conseguinte, a Síndrome de Burnout apresenta-se como um distúrbio emocional e psicológico, cujos principais sintomas são o esgotamento emocional, a despersonalização e a diminuição da realização pessoal, principalmente no ambiente profissional.

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Síndrome de Burnout é considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e é reconhecida como um transtorno mental pela Classificação Internacional de Doenças (CID). Na CID-11, a Síndrome de Burnout é incluída como um “Problema Relacionado ao Emprego ou ao Desemprego” e caracteriza-se por sentimentos de exaustão, cinismo ou distanciamento emocional em relação ao trabalho e baixa realização profissional. A conscientização sobre a Síndrome de Burnout é crucial, para que os indivíduos possam identificar os sinais precoces e procurar ajuda profissional quando necessário.

A síndrome surgiu como uma resposta aos efeitos do estresse crônico no trabalho, afetando principalmente profissionais que lidam com outras pessoas. No entanto, qualquer pessoa que sinta uma pressão constante no ambiente de trabalho pode desenvolver a síndrome.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a Síndrome de Burnout é um problema crescente no mundo todo, afetando cerca de 33% da população trabalhadora em países desenvolvidos. Além disso, a pandemia de COVID-19 intensificou o estresse e a pressão no ambiente de trabalho, aumentando ainda mais a incidência dessa síndrome.

Sintomas que preocupam:

Os sintomas da Síndrome de Burnout podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente envolvem uma combinação de:

  • esgotamento emocional 
  • despersonalização
  • diminuição da realização pessoal

 O esgotamento emocional se manifesta como uma sensação constante de cansaço, falta de energia e desmotivação para realizar tarefas que antes eram prazerosas. A despersonalização pode levar a uma atitude de distanciamento em relação aos colegas de trabalho, clientes ou pacientes, e a diminuição da realização pessoal pode levar a sentimentos de inutilidade e baixa autoestima.

Outros sintomas comuns da Síndrome de Burnout incluem irritabilidade, ansiedade, depressão, insônia, bem como dificuldade de concentração e memória. Além disso, sintomas físicos também podem estar presentes, como por exemplo:

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  • Fadiga crônica
  • Dores de cabeça
  • Dores musculares
  • Dores de estômago
  • Alterações no apetite
  • Tensão muscular

O Diagnóstico

O diagnóstico é geralmente feito por profissionais de saúde mental, como psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais. Uma das abordagens utilizadas é a aplicação de questionários específicos, desenvolvidos para medir os níveis de esgotamento emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal.

Além disso, a avaliação clínica inclui a realização de entrevistas detalhadas, nas quais o profissional busca obter informações sobre o histórico de trabalho do paciente, suas experiências ocupacionais, o ambiente de trabalho e os fatores de estresse presentes. Esses elementos são essenciais para compreender a relação entre o trabalho e o desenvolvimento da síndrome, além de identificar possíveis desencadeadores e fatores de risco adicionais.

O Tratamento

O tratamento da Síndrome de Burnout pode envolver uma abordagem multidisciplinar, com a participação de profissionais de saúde mental e médicos. As principais formas de tratamento incluem:

Psicoterapia: auxilia com estratégias para lidar com o estresse, gerenciar suas emoções, melhorar a autoestima e a autoconfiança.

Mudanças no estilo de vida: inclusão de ajustes na rotina diária, com maior atenção para o sono, dieta e atividade física.

Apoio médico: o médico pode prescrever medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos, se necessário, para aliviar os sintomas associados à Síndrome de Burnout.

Acompanhamento com profissionais de saúde mental: este acompanhamento pode ajudar a pessoa a monitorar seus sintomas, aprender habilidades de enfrentamento, gerenciar o estresse e evitar recaídas.

O tratamento da Síndrome de Burnout é personalizado e pode variar de acordo com necessidades individuais. Nem sempre é necessário mudar de emprego ou fazer uso de medicamentos, mas em alguns casos isso pode ser uma opção viável e eficaz, por exemplo.

Como posso prevenir a Síndrome de Burnout?

Uma das principais estratégias para prevenir a Síndrome de Burnout é estabelecer limites claros entre a vida pessoal e profissional. Ou seja, evitar levar trabalho para casa, separar um tempo para atividades de lazer e relaxamento e definir horários para o trabalho e o descanso. Além disso, é importante estabelecer metas realistas e gerenciar as expectativas, evitando sobrecarga de trabalho.

Outra maneira de prevenir a Síndrome de Burnout é investir em autocuidado e bem-estar. Isso pode incluir atividades como exercícios físicos, meditação ou outros tratamentos de relaxamento. 

O apoio social também pode ser uma importante ferramenta de prevenção. Ter amigos e colegas com quem conversar e compartilhar experiências pode ajudar a aliviar o estresse e a sensação de isolamento.

Dúvidas frequentes: 

Posso ser diagnosticado e tratado da Síndrome de Burnout pelo SUS?

Sim, é possível receber o diagnostico e o tratamento para a Síndrome de Burnout pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. O SUS oferece uma variedade de serviços de saúde mental, incluindo atendimento psicológico e psiquiátrico, que são fundamentais para o diagnóstico e tratamento dessa síndrome.

Porém, é importante ressaltar que a disponibilidade de serviços e o acesso ao tratamento podem variar de acordo com a região e a disponibilidade dos recursos do SUS.

Há licença médica para trabalhadores diagnosticados com a síndrome?

Sim. O trabalhador que receber diagnóstico pode solicitar afastamento do trabalho por meio de um atestado de seu médico, médico do trabalho, clínico geral ou psiquiatra, de acordo com a legislação.

A empresa pode ser responsabilizada quando um trabalhador é diagnosticado com Síndrome de Burnout?

Sim, especialmente se houver comprovação de que a condição é decorrente de condições de trabalho inadequadas ou excessivas, e que a empresa não adotou medidas para prevenir o problema. Assim, a empresa pode sofrer responsabilização por danos morais e materiais ao trabalhador, além da obrigação de oferecer tratamento médico e psicológico adequado para a recuperação do trabalhador.

Jéssica Eduarda

Com um olhar perspicaz para identificar as histórias mais relevantes e interessantes, Jéssica está sempre um passo à frente, oferecendo aos seus leitores uma visão clara e concisa dos acontecimentos atuais.

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