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DEMISSÕES EM MASSA: por que as big techs estão demitindo?

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Se você acompanha as notícias, deve ter percebido que grandes empresas estão anunciando cortes de funcionários. Mas você sabe o porquê? Então confira, DEMISSÕES EM MASSA: por que as big techs estão demitindo?

Nos últimos dias a Amazon anunciou o planejamento de um corte de cerca de 18 mil funcionários. Seria esta a maior demissão da história da empresa. A divulgação foi realizada antecipadamente pois segundo o CEO da empresa, Andy Jassy, um funcionário teria vazado informações a respeito do plano de cortes.  Porém, a Amazon está bem longe de ser a única empresa a apresentar essa decisão. Diversas outras empresa do ramo de tecnologia, algumas como a Meta (proprietária de redes como o Facebook, Instagram e WhatsApp) e a companhia de software Salesforce, apresentaram a mesma resolução. Além das já citadas, a empresa Twitter, recentemente adquirida pelo empreendedor e filantropo sul-africano-canadense Elon Musk, também tem dado o que falar por suas ações envolvendo funcionários. 

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Diante desse cenário, surge a pergunta: por que essas big techs estão demitindo? Existem diversas razões que podem estar influenciando essas decisões. Uma delas é o constante avanço da tecnologia, que muitas vezes torna determinadas funções obsoletas ou automatizáveis. Isso pode levar as empresas a buscar uma reestruturação interna, buscando maior eficiência e redução de custos.

Demissões em massa: o porquê.

Diante do cenário pandêmico que resultou no isolamento social, a tecnologia eclodiu o seu sucesso. Afinal, a permanência em casa necessitou a recorrência a redes sociais e entretenimento digital. Por este motivo, as grandes empresas de tecnologia impulsionaram suas contratações de profissionais para dar suporte ao setor que encontrava-se em ascensão. 

O número de contratações foi gigante. Empresas como o Google, por exemplo, adicionaram aproximadamente 30 mil novos funcionários em seu quadro de colaboradores. Ainda, estima-se que a Meta tenha adicionado cerca de 15 mil novos contratos nos primeiros meses de 2022. 

Porém, com o retorno à normalidade depois da pandemia, foi preciso rever muitas dessas contratações realizadas. O motivo alegado por muitos dos CEOs e diretores de empresas foi que a expansão do quadro teria sido mal calculada.

Mais além, também podemos citar outras justificativas apresentadas por grandes representantes, como é o caso das consequências sofridas por mudanças na Política de Privacidade da Apple, por exemplo. Ou ainda a instabilidade da economia global, que pode vir a afetar o poder de compra dos consumidores.

O período das demissões

Se são empresas distintas, sem necessariamente vínculos diretos, por que todas escolheram este período de fim/início de ano para executar os referidos ajustes?

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Anos Fiscais

O fato das demissões em massa estarem ocorrendo no período de final e início de ano remonta ao efeito dos anos fiscais das empresas que terminaram no final do ano de 2022 ou no início do ano de 2023. Assim, a lógica mostra a necessidade das companhias em reduzir o custo de seus balanços antes do encerramento destes anos fiscais. Dessa forma, a demissão de um funcionário irá abater nos custos do primeiro trimestre seguinte.

Há também empresas como a Microsoft, que tem o encerramento de seu ano fiscal apenas em junho. Assim, quaisquer medidas tomadas, como as demissões também realizadas por eles, podem ser classificadas como elementos de planejamento antecipado.

Além disso, o período de fim/início de ano é um momento em que muitas empresas revisam suas estratégias e metas para o próximo ciclo. Essa revisão pode levar a decisões difíceis, como a redução do quadro de funcionários, visando alinhar a estrutura da empresa com os objetivos estabelecidos.

Sazonalidade dos Setores

Outro fator que pode influenciar é a sazonalidade de determinados setores. Algumas indústrias podem apresentar maior demanda em determinadas épocas do ano, como o setor de varejo durante as festas de fim de ano. Após esse período, as empresas podem precisar ajustar suas equipes para lidar com a queda na demanda, o que pode resultar em demissões.

Além disso, o início de um novo ano traz consigo a expectativa de renovação e mudança. Muitas empresas aproveitam esse momento para realizar reestruturações e ajustes em suas operações, o que pode incluir a redução do número de funcionários.

É importante ressaltar que as decisões de demissões em massa são complexas e envolvem uma série de fatores, como estratégias financeiras, desempenho econômico, mudanças no mercado e necessidades de reorganização interna. Cada empresa pode ter suas próprias razões para optar por esse período específico para realizar os ajustes em seu quadro de funcionários.

Em resumo, o período de fim/início de ano é escolhido por diversas empresas para realizar demissões em massa devido a razões financeiras, como o encerramento dos anos fiscais e a necessidade de redução de custos. Além disso, fatores sazonais e a busca por renovação também podem influenciar nessa tomada de decisão.

O corte em números

A CNBC e o The Washington Post, realizaram, ainda em 2022, algumas projeções relacionadas ao número de colaboradores que iriam ser desligados das grandes empresas de tecnologia no ano. A lista abaixo relaciona as principais companhias e os números estimados.

  • Intel: 24 mil funcionários
  • Meta: 11 mil funcionários
  • Amazon: 10 mil funcionários
  • Twitter: 3.700 funcionários
  • Snap: 1.300 funcionários
  • Microsoft: + de 1000 funcionários
  • Shopify: + de 1000 funcionários
  • Lyft: 700 funcionários
  • Netflix: 450 funcionários
  • Apple: + de 100 funcionários

As empresas estão falindo?

De fato, com uma redução da liquidez no cenário macroeconômico e pós-pandêmico em que vivemos, a redução nos investimentos é uma realidade. Entretanto, estamos falando de empresas multimilionárias que possuem uma robusta estrutura financeira.

As big techs são empresas que geram caixa, reúnem investimentos, títulos e valores imobiliários atrelados a sua dinâmica. Portanto, a sinalização de, embora grandes, demissões, não tem correlação alguma com uma suposta ruína nas companhias. São apenas decisões de redução de força de trabalho que encontra-se abundante dentro das necessidades estabelecidas.

É importante destacar que as grandes empresas, mesmo enfrentando desafios econômicos, têm a capacidade de se adaptar e reorganizar suas operações para se manterem competitivas. As demissões podem ser uma estratégia para otimizar a estrutura organizacional, eliminar redundâncias, focar em áreas de maior rentabilidade e promover eficiência operacional.

Para que você tenha uma pequena noção dos resultados do terceiro trimestre de 2022, relacionamos abaixo os números de caixa de algumas big techs:

  • Amazon: US$ 58,662 bilhões;
  • Apple: US$ 262,713 bilhões; 
  • Google: US$ 116,259 bilhões; 
  • Microsoft: US$ 104,757 bilhões. 

Jéssica Eduarda

Com um olhar perspicaz para identificar as histórias mais relevantes e interessantes, Jéssica está sempre um passo à frente, oferecendo aos seus leitores uma visão clara e concisa dos acontecimentos atuais.

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